Luiz Felipe divide com seus leitores todos os desenlances de sua jornada, suas aventuras e frustrações fora do seu país.

sábado, 17 de janeiro de 2009

O horizonte além - Parte 1



Dois dias de folga? Uma otima oportunidade para conhecer as redondezas. E se fossemos além?


Uma das otimas coisas do estado de Vermont é a proximidade com a fronteira. Partindo da cidade grande de Burlington estamos a 2 horas de Montreal no Canadá.


Adicionar mais um país a lista de lugares que eu ja conheci seria ótimo. O plano era o seguinte: iriamos em um grupo de 6 pessoas - todos os que fazem intercambio no Round Hearth; alugariamos um carro que comportasse essa galera toda e ficariamos pelo menos uma noite em um albergue qualquer.


Existiam muitos rumores de que poderiamos passar a fronteira tranquilamente, mesmo nao sendo cidadoes estado-unidenses. Foi justamente essa parte que pegou. Antes de pularmos de ponta nessa viagem fui mais organizado e decidi me informar direito antes de tentar cruzar a fronteira com uma van cheia de latinos.

Liguei para o departamento de fronteiras e descobri que pelo menos com o nosso passaporte nao poderiamos entrar no Canadá sem um visto. Pela segurança de todos resolvemos deixar Montreal de lado, acho que o risco nao valeria a pena e as consequencias poderiam ser desastrosas.


Mesmo assim, ainda tinhamos dois dias de folga. Entao apenas fizemos uma mudança no destino e tocamos o plano em frente. Queriamos visitar uma cidade grande, sair um pouco da calmaria do campo e entrar em contato com a loucura de uma metrópole.

No estado vizinho achamos nosso destino: Boston. A cidade fica a 4 horas de carro de onde estamos e era grande o suficiente para matar aquela saudade de engarrafamentos e transito louco.


Na verdade o que chamou mesmo a minha atenção de Boston foi a parte cultural. Que surpresa, né? Enfim, hoje Boston comporta mais de 30 museus, 25 instituicoes de ensino superior (incluindo Berkley e Harvard), o maior museu de arqueologia de New England e a terceira maior biblioteca dos Estados Unidos (a biblioteca de Harvard).

Fora isso Boston tem todo um passado incrível, todos já ouviram falar do Boston Tea Party. Lá foi o começo da civilizaçao estadonidense, o porto de entrada dos colonos para o novo mundo e berço da independencia dos Estados Unidos.


Ah, é claro. Para meus amigos extasiados com as oportunidades de compra, existe nos arredores de Boston um conglomerado de outlets- lojas que vendem de tudo a preço de atacado, ou nao com super ofertas - nao parece grande coisa falando desse jeito. Mas lembrem-se que as lojas nacionais daqui fazem muito sucesso no Brasil, lojas tipo GAP, Adidas, Reebook, Nike, Ralph Lauren, Calvin Klein e outras bem famosas (admito que nao conhecia metade delas). Passamos por lá também, mas uma coisa de cada vez.


A primeira coisa que precisavamos era um carro alugado. Os preços dos trens ou onibus não valeriam a pena, sem contar com o curto tempo que tinhamos disponível. Alugar um carro foi a melhor opção, ou parecia até conseguirmos.


Se você tivesse uma locadora de carros, emprestaria um dos seus para 6 estrangeiros adolescentes em uma viagem através de alguns estados? Pois é, foi isso que a maioria das locadoras pensou. Passei duas horas ligando para as locadoras da região e foi a primeira vez no meu tempo aqui que desejei que Ingles fosse a minha língua materna. São tantos detalhes mínimos e todos importantes, as primeiras ligaçoes serviram muito de aprendizado.


Tinhamos que conseguir um carro que coubesse 6 pessoas, que oferecesse milhas ilimitadas, seguro em outros estados e ainda aceitasse cartao de débito como forma de pagamento, ah e que fosse barata.


Depois de algumas ligaçoes, muitos dedos cruzados e um remédio pra dor de cabeça finalmente conseguimos uma que atendesse todos esses requisitos. Fomos até Burlington pegar o carro e conseguimos uma mini-van. Automático. O nome do modelo é Uplander Ls 2008, e ele ainda nao chegou ao Brasil. O estado de Vermont reconhece nossas carteiras de motorista, mas mesmo assim escolhemos o Hugo como nosso motorista principal porque ele tem uma carteira de motorista internacional. É claro que peguei o carro em lugares mais afastados e aqui em Stowe, ja sentia falta de dirigir. É fácil lidar com o cambio automático, o que é chato é ficar procurando a embreagem toda hora, mas acostuma-se.


Com o carro em mãos só precisavamos das direcões, a previsao do tempo, reservar um quarto no hostel e decidir pra onde iriamos.

Confira isso e mais outras aventuras no próximo post

Em breve.

Extras...

Dirigindo por aqui um video como esse nao poderia faltar

3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns, pelos detalhes da descrição. Nesse estilo seu pode preparar para no final, copiar tudo e fazer um livro de suas aventuras de sua viagem. Aguardamos anciosos os próximos capítulos. Fora isso estamos com muitas saudades. Se tiver tempo e quizer ver alguns videos de Andrelandia, entre no youtube e veja Missões em Andrelandia. Filmes de um pastor criticando a religiozidade de lá.
Grande abraço.

Anônimo disse...

Xeeeeeeeeeentiiiii!!! Trilha sonora impecável!!!! Só senti falta de uns dublês... u.ú Eita, q delícia viajar, heim??? Espero q vc tenha aproveitado bastante. Mil Bjos mimão. Saudades!

Unknown disse...

Vai fuder porra

 
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