Esse é o livro dos nossos dias

Antes de toda a viagem começar eu me perguntei e perguntei a outras pessoas também se essa experiência valeria mesmo a pena. Algumas delas foram definitivas: "Que bem vai fazer a você, ir pra lá para uma cidade do interior trabalhar em algo que nem é ligado a sua área?". Algumas vezes eu também me perguntei isso e antes mesmo de ir decidi me fiar em um outro tipo de conhecimento.

O conhecimento que não está nos livros de Inglês, Português ou Tradução. Algo além do empírico, que vai mais do situacional e experimental. Daquilo que aparece sem avisar e acontece deixando saudades.

E agora, aqui do outro lado, com menos de um mês para voltar, posso afirmar com certeza que essa foi a melhor aposta que fiz.

Tentando fazer uma retrospectiva rapidamente, posso pensar em algumas coisas que aprendi com toda essa experiência. Acho que não consigo expressar claramente e com a devida riqueza de detalhes tudo que aprendi, ou todas as experiências legais que tive.

Vai tirar onda!

Mas tenho certeza que aprendi muito com todos os trabalhos do Round Hearth.

Aprendi a acender lareira com madeira e papelão (as vezes sem fósforo), a andar por Boston com um mapa incompleto, além dos caminhos, becos e atalhos de Stowe e Burligton.

Aprendi a cozinhar arroz com um chef hippie de Burlington.

Aprendi a lidar com um chef que é meu vizinho.

Novos jogos de bar e baralho.

Ligações e mensagens automáticas para aluguel de carros e remarcação de passagens de várias pessoas pra diferentes destinos.

Lavar roupas (brancas, pretas ou coloridas), patinar no gelo, ou melhor patinar, porque antes eu não conseguia...

E essa semana vamos esquiar ainda.

Mas isso tudo é pouco comparado com o crescimento emocional de estar longe de tudo e de todos que realmente importam pra mim. E ter que lidar com culturas, pessoas e línguas diferentes.

De cabeça