Luiz Felipe divide com seus leitores todos os desenlances de sua jornada, suas aventuras e frustrações fora do seu país.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Toda aventura começa em tavernas


Tá certo, nem todas as aventuras começam em tavernas (mas garanto que já “presenciei” algumas muit boas) a nossa, por exemplo, não começou em uma, continuou lá. O que aconteceu na verdade, antes de qualquer aventura, foi um feriado e um aniversário no mesmo dia. O feriado foi o President’s Day e o aniversariante foi o Rafael, um dos convivas brasileiros do Round Hearth que acompanha a minha saga.









Andamos trabalhando muito, os dias vão passando e as semanas esvaindo, daqui a pouco já éhora de voltar pra casa. Porque não esquecer por algumas horas dos pepinos e sair pra beber, relaxar e descansar a mente dos problemas cotidianos.
Colocamos isso na cabeça e começamos um verdadeiro carnaval, sem ximboca nem brincadeira da tomada, mas divertido sim. Resolvemos mostrar para todos que quando queremos nos divertir, nos divertimos e fazemos com que todos se divirtam tambem. Comemoramos o aniversário primeiro com os nossos gerentes e um bando de pizzas. Depois de avisar que voltariamos tarde, começamos a fazer um esquenta no nosso quarto mesmo, buscamos na internet as melhores (mais bregas e mais batidas) músicas de carnaval e começamos o nosso trio, com muita cerveja, música e alegria.
No vídeo em seguida dá pra ter uma idéia do quão divertido estava
a nossa festa, mas fazer festa com as pessoas que você conhece é divertido até certo ponto, de um ponto em diante há a necessidade que mais pessoas participem. Então seguimos para a RimmrockTavern, de ônibus, é claro.


Para entender um pouco mais dos eventos daquela noite, é preciso entender mais sobre o povo de Vermont, de Stowe, pra ser mais exato. Eu gosto de pensar que esse estado é como o interior do Brasil, e que mesmo não tendo nada em comum, gosto de pensar que Stowe se parece com Andrelândia. Tudo bem que Stowe é menor que a cidade dos meus pais, mas sabendo o que acontece em uma cidade do interior, contar essa história vai ser muito mais fácil. O que acontece
quando um pessoal de fora chega em uma cidade do interior? Todo mundo olha, todos querem conhecer e fica fácil virar o centro das atenções. Agora pense que esse mesmo pessoal de fora vem do Brasil com toda a imagem que os brasileitos
costumam apresentar. Então.. foi justamente isso que aconteceu.
Quando a gente chegou todos olharam daquela maneira mais alienista possivel, só a nossa presença já atraía a atenção. Imagine quando todos foram dançar na pista de dança do nosso jeito de dançar em pleno interior de um estado ainda um tanto tradicional?
Viramos o centro das atenções mais uma vez em um nível maior do que a boa educação dita, mas enfim. Estavamos nos divertindo e era isso que contava, além do nosso grupo contávamos também com dois amigos peruanos que no final da noite ainda nos deixaram em casa.
As pessoas do lugar eram como pessoas interioranas normais, mesma coisa. Várias pessoas bebiam
ou se alucinavam de alguma forma, incluíndo o dono do bar que quando a gente chegou foi muito hospitaleiro e educado, mas no final da noite já estava bêbado e falando que amava o Brasil e os brasileiros. E posso até chutar que essa foi a conclusão de todos aqueles que dividiram aquelas horas de diversão com a gente tiraram.
Teve uma menina que veio puxar papo dizendo que o aniversariante Rafael parecia ter vindo de Tel-Aviv, mesmo depois dele ter dito que era brasileiro. Quando a gente perguntou de onde ela veio, ela só respondeu que tinha saído da cadeia. Na verdade ela estava tão bêbada, ou alterada de alguma forma
desconhecida, que nem sabia o que estava dizendo, mas continuou na mesa durante um tempão porque o que ela dizia era engraçado demais para não se ouvir.
Umas das coisas diferentes era o jeito como todos dançavam, como eles viam puxar papo com a gente e as coisas que aconteceram lá na Taverna. Enquanto o DJ escolhia as músicas aconteceu aquelas famosas disputas de dança que vemos nos filmes, um grupo de um lado outro grupo do outro revezando para mostrar os melhores passos e ver quem conseguia animar mais o pessoal.
Depois disso um menino pegou o microfone e começou a fazer um rap,
nada combinado ele inventou tudo ali na hora, no melhor estilo Eminem. Não consegui entender muito, mas aquela hora, acho que nínguem da pista de dança estava entendendo qualquer coisa.






Depois de vários drinks pagos por locais amigáveis, saímos da Rimmrock Tavern e fomos pra casa agradecidos que por causa do President’s Day nenhm de nós trabalhava de manhã.

Um comentário:

Unknown disse...

Porra
tem uns 8 dias que ninguem comenta...entao eu comento msm porra
flw biba

 
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