Luiz Felipe divide com seus leitores todos os desenlances de sua jornada, suas aventuras e frustrações fora do seu país.
Queridos leitores,
Chegou o dia de me despedir do Round Hearth e conhecer um pouco do país em que eu estou.
Daqui a algumas horas pego um trem na cidade vizinha com destino a Nova Iorque.
Espero que tudo corra bem.
Em breve mando notícias
Alguém reconhece os macacos voadores?
Continuando nosso passeio pela maior cidade do estado de Vermont chegamos a antiga estação de trem. O sistema ferroviário também perdeu a força em Burlington, com os novos meios de transporte hoje a antiga estação de trem serve mesmo como destino de amostras artísticas e apresentações em geral.
Atrás da estação no entanto, encontramos uma das melhores vistas de Vermont: a vista da orla do lago Champlain, a divisa natural com o estado de Nova Iorque. O Lago Champlain é um recurso incrível tanto para tranporte, alimentação e ciência e até mitos populares.
Reza a lenda de que exista um monstro marinho habitando as profundezas do lago. No áquario a beira do lago, vi relatos em videos, fotos e supostas aparições do monstro. Sendo verdade ou não tal mito traz vários visitantes à cidade e ao aquário. Você acredita?
É incrível como as coisas acontecem inesperadamente, um convite surge de uma simples conversa e oportunidades aparecem de repente. Foi mais ou menos assim que consegui um guia por Burlington, um professor de culinária e um exemplo de que mudanças fazem bem, tudo em uma pessoa só.
David Francis é professor de culinária em Burligton e cozinheiro chefe em um dos melhores cafés da cidade. Ele veio ao Round Hearth apenas para conhecer o lugar e acabamos conversando por algumas horas durante o meu horário de trabalho.
Ele ficou surpreso que eu tinha vindo de tão longe querendo conhecer um pouco mais da cultura daqui. Foi por isso que ele se prontificou a me mostrar uma cidade que ele conhecia bem e que agora eu mostro a vocês: Burlington.
Ontem nos despedimos do primeiro brasileiro que chegou no Round Hearth, foi muito estranho ver uma turma que sempre se divirtiu junta, unida pelo choro pela primeira vez. O Rafael que voltou para casa era um pouco diferente do Rafael que foi me receber no aeroporto no meu primeiro dia, assim eu gosto de acreditar. Quero pensar que a influência que tivemos nele seja tão marcante quanto a influência que ele inspirou em nós.