Luiz Felipe divide com seus leitores todos os desenlances de sua jornada, suas aventuras e frustrações fora do seu país.

domingo, 8 de março de 2009

A Casa de Ethan Allen - Parte 1

É incrível como as coisas acontecem inesperadamente, um convite surge de uma simples conversa e oportunidades aparecem de repente. Foi mais ou menos assim que consegui um guia por Burlington, um professor de culinária e um exemplo de que mudanças fazem bem, tudo em uma pessoa só.

David Francis é professor de culinária em Burligton e cozinheiro chefe em um dos melhores cafés da cidade. Ele veio ao Round Hearth apenas para conhecer o lugar e acabamos conversando por algumas horas durante o meu horário de trabalho.

Ele ficou surpreso que eu tinha vindo de tão longe querendo conhecer um pouco mais da cultura daqui. Foi por isso que ele se prontificou a me mostrar uma cidade que ele conhecia bem e que agora eu mostro a vocês: Burlington.



 

Logo depois de tomarmos café andamos pelo centro da cidade onde fiquei sabendo que, diferente de muitas cidades dos Estados Unidos, Burlington tenta ser uma cidade universal por vários fatores distintos. Não só porque Burlington é onde vá
rias instituições de ensino superior estão localizadas, (a citar: University de Vermont, Burlington College, Champlain College e a Community College of Vermont) o que faz com que a juventude e seu pensamento novo de uma certa forma modifiquem a cidade de uma forma mais significativa do que através das acomodações estudantis e casas de fraternidade.
Mas Burlington também é uma cidade universal porque foi escolhida para ser um centro de refugiados e expatriados. Nos últimos 20 anos a cidade já recebeu paquistaneses, russos, somalianos e hindus. Então é fácil entender por que ao passear pelo centro comercial da Church Street vemos diferentes lugares para comer, casas de chá inglesas, restaurantes italianos, paquistaneses, japoneses e é claro a Churrascaria Brasileira do Silva.



Church Street








Além de contar com um dos maiores shoppings centers da cidade, a Church Street tem ao seu redor uma série de ruas fechadas para carros onde os pedestres fazem compras e onde os maiores festivais acontecem. Durante um final de semana de fevereiro existe a festa do Mardi Gras, o equivalente ao nosso carnaval. Além da Igreja que dá nome a Church Street podemos encontrar livrarias, lojas de roupa, perfumaria e outras variedades, até uma oficina massonica gigantesca.



Além disso, outro detalhe que dá ideia da noção mundial para essa cidade está na listras na Church Street, que foi propositalmente construida na direção de um meridiano. Prestando atenção nos detalhes da rua, vemos qual a distancia entre as grandes cidades com a qual esse meridiano cruza.

Depois de passearmos pela Church Street meu guia e eu fomos visitar um supermercado diferente. Nele os produtos de Vermont tem desconto a fim de incentivar o comércio local e os produtores da região. Lá encontra-se vegetais, frios, carnes e produtos agrícolas em geral por preços baixos e de grande qualidade.


É um supermercado que além de pensar no pequeno produtor é consciente sobre o meio ambiente. Escolhendo produtos produzidos nos arredores diminui-se o uso de químicos trazendo produtos mais saudáveis para todos e diminui-se o custo de transporte e o impacto que ele tem sobre o meio ambiente.



No próximo post irei contar sobre a visita a primeira estação de trem de Burlington, a marina e como eu fiz arroz pela primeira vez.. Até lá.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom filho, é isso que sempre digo essa sua viagem não pode perder os minimos detalhes, aproveitar o máximo. Quem sabe um dia ve possa voltar em Burlington para fazer um curso ou até dar aulas. Tudo é possivel.
Não esqueça de procurar o livro o executivo e o monge. Vale a pena.
Aproveite bastante.
Abraços.
Luiz

 
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