Luiz Felipe divide com seus leitores todos os desenlances de sua jornada, suas aventuras e frustrações fora do seu país.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Ithaca

Assim como Odisseu teve muito trabalho ao voltar para sua casa, antes é claro, de poder aproveitar da compania de seu filho e sua esposa. Eu, como viajante (claramente em um nível menor que ele) também precisei de um certo tempo para voltar a rotina e lidar com algumas mudanças inevitáveis para todos aqueles que passam algum tempo fora.





Mas uma das maiores mudanças talvez seja em relação ao próprio blog. Sobre o próprio motivo de ele existir, já que ele foi feito justamente para diminuir (e até certo ponto regular) a saudade inevitável sentida por mim e por algumas pessoas ao meu redor. Qual é o sentido de manter um aparato que me aproximava das pessoas queridas se já estou de certa forma mais perto?


Acho que vale a pena usar algumas linhas para dizer como foi a experiência de contruir o blog. Por mais metalinguístico que seja, repensar sobre o papel deste parte diário/ parte descompressor da realidade é um pouco complicado: Ao mesmo tempo em que ele me fez sentir mais perto de todos pelas mensagens que recebi, ele também criou a necessidade de ser interessante e constante nos relatos. Talvez eu tenha superestimado a sua importância quando estava lá. Tal qual a criança que não se desgruda da bóia mesmo estando em um lugar que "dê pé".

No entanto, o que me chocou realmente foi a avaliação daqueles que não deixaram comentários e só deram a sua opinião quando eu cheguei. Umas das surpresas foi saber que mais pessoas do que eu imaginei realmente liam o que eu escrevia. Outra é que foi quase um consenso que os posts eram grandes ou prolixos demais.


Porém, todavia, no entanto... isso só me deu argumentos para continuar com o blog. Pelo menos até terminar o projeto que comecei em Novembro de 2008. A proposta do blog era em parte contar o que vivi para os distantes. Como a questão da distância é meramente referencial, seja no sentido físico ou psicológico da palavra, isso não é motivo para empacotar as coisas e ir embora. Na verdade, eu sinto vontade de continuar, o que me motiva a faze-lo é que ainda há ainda muito para contar. (mesmo que a grande maioria não goste de ler).


Bom, tudo isso pode ser desculpa para continuar uma coisa que eu gostei de fazer. E no final das contas, acabei descobrindo que mais do que para qualquer pessoa, fazia, faço e pretendo fazer pra apenas uma pessoa: Eu mesmo.


Para todos aqueles que quiserem aproveitar o resultado disso comigo, sintam se à vontade.

2 comentários:

Analu. disse...

Onde estão meus créditos pela faixa?
Anh, também vou esperar um texto sobre mim em breve.
*sonha*

Luiz Felipe disse...

você quis dizer: Onde estão os créditos de Willian Henley pela faixa, não?
=D

 
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